Secretaria Municipal de Educação
Aos seis anos, quando entrou na Escola Básica Venceslau Bueno, em Palhoça, na Grande Florianópolis, Cleusa Aparecida Bernardes ficou maravilhada com a professora da primeira série do primário, Colotilde. Daí, surgiu o amor pelo magistério. Ficou apaixonada pelo trabalho da educadora e, mesmo dando os primeiros passos da vida escolar, já sabia que seria essa carreira que seguiria.
“Ela era meu encanto, meu sonho surgiu ali”, contou. Cleusa foi aluna de Colotilde até a quinta série. Atualmente, é diretora da Creche Municipal Abraão.
Cleusa é uma das milhares de vítimas da Talidomida, introduzida no Brasil nos anos 1950. A droga foi utilizada pela mãe para evitar enjoos. Como consequência, o bebê nasceu com o braço esquerdo menor. “Na minha época escolar, havia muita discriminação e dona Colotilde me protegia sempre e me tratava com carinho e atenção.”
Dona Colotilde viu a vocação de Cleusa para o Magistério e já falava que ela exerceria a profissão. “Ela me chamava de ‘minha professora’.”
Após se formar em Pedagogia, ao se encontrar com a antiga professora, Cleusa disse que a educadora não conteve a emoção e declarou: “Cleusa, enfim, o meu desejo se tornou realidade.”
Para Cleusa, ser professora é uma dádiva. “Ensinar é ser formadora de sonhos, de vida. É tudo de bom”, afirmou. Ela contou ainda que sua relação com as 45 crianças que são atendidas em período integral na Creche Abraão é de amor, carinho e dedicação.
Em 1986, Cleusa se formou no curso de Magistério no Colégio Governador Ivo Silveira. Já em 2002, se graduou em Pedagogia pela Univali. Possui ainda pós-graduação em Educação Infantil pela Univel de Cascavel, no Paraná.
Atua como professora há 28 anos, sendo 14 na rede municipal de ensino. Já passou pelas creches Ilha-Continente, Maria Nair e Maria Barreiros. Está na Creche Abraão há sete anos, e há dois exerce a função de diretora.
