Secretaria Municipal de Educação
É inegável a felicidades dos bebês do Núcleo de Educação Gentil Mathias da Silva, nos Ingleses, ao embarcarem em ‘carrões’ para mais um dia de aventura. Os pequenos desfilam pela unidade, brincam na praia, no parque e com alegria contagiam a todos.
A junção de 8 caixotes de madeira, tinta, tapete emborrachado, deram vida ao transporte. Dois carrões foram confeccionados, e duas crianças podem ocupar cada caixote.
A proposta pedagógica é realizada pela professora Daniele Porres Silveira, como forma de ampliar o repertório de atividades e experiências das crianças, com idades entre um e dois anos. A profissional também contou com o apoio das auxiliares de sala Vanessa Gil, Cristiane Patrício, auxiliar de ensino Letícia Silveira, e com a diretora da instituição, Anita Erdman.
“Nossa intenção é propor novidades diferenciadas para a turma. Com o projeto podemos levar os bebês para lugares próximos e que fujam da rotina”, comenta Daniele.
O projeto ficou tão bacana e ganhou tanta repercussão entre educadores que a professora criou um passo a passo e colocou no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=FeMQBgRP_bI.
Como tudo começou
Era a primeira vez que Daniele trabalhava com o berçário, em março de 2015. O grupo, composto por 15 crianças não havia dado os primeiros passos. Por isso a dificuldade de transportá-los pela unidade era grande.
A professora foi em busca de alternativas que auxiliassem a locomoção da turma e que ao mesmo tempo promovesse novas experiências e incentivasse a autonomia dos pequenos.
Foi então, que em um parquinho da Associação dos Empregados da Eletrosul, ELASE, na companhia da filha Laís Porres, de 4 anos, a profissional se deparou com alguns caixotes de frutas empilhados dentro de um carrinho de supermercado.
De repente, Daniele imaginou se caberia uma criança dentro de uma daquelas caixas. Com um galho de árvore desenhou ali, na areia do parque, o primeiro protótipo do ‘carrão’.
Apoio do pai
Naquele mesmo dia, ao chegar em casa, a professora passou o desenho para uma folha branca e compartilhou com o pai, Alberto Soares.
“Depois que contei do projeto ele me ligou no outro dia. Disse apenas: ‘Estou aqui na feira. De quantos caixotes você vai precisar?’ . Com esse apoio não tive como não colocar em prática a proposta”, comenta.
A partir disso, pai e filha trabalharam juntos. Com palpites de outros profissionais da instituição, Daniele fez um último protótipo e o levou até uma madeireira. Lá, foi atendida pelo marceneiro Élio, que ajudou a adaptar a iniciativa, e não cobrou nada pelo trabalho.
“Sempre digo que o ‘carrão’ é a construção de várias ideias juntas”, diz Daniele.
Primeiro passeio
O primeiro passeio foi da sala de aula para o refeitório da unidade.
“No começo a turma estranhou um pouco. Houve algumas lágrimas. Mas, a partir do momento que o carro foi movimentado o choro diminui e deram lugar a sorrisos e alegria”, conta.
Após um ano da invenção, os bebês já cresceram um pouco e muitos ajudam a empurrar os carrinhos. Além da turma da professora Daniele, todos da unidade podem brincar.
