Secretaria Municipal de Educação
No Núcleo de Educação Infantil Municipal Coqueiros, as professoras Aline Nunes e Eliane Baldança apresentaram para todos os grupos e alguns pais a adaptação da história "Feliz aniversário Lua", tendo como trilha musical "Vejo dois mosquitos pelo ar". A adaptação considerou a ludicidade e interação com as crianças para conscientização sobre o perigo da dengue, zika vírus e da febre chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Na história original as personagens principais são um urso e a lua. Na adaptação, o urso foi trocado por um menino indígena de uma tribo brasileira, para que essa cultura também fosse abordada.
A jornada
O curumim é enviado em uma jornada de passagem de menino a adulto, quando precisa viver um ano sozinho, caçando, pescando e mostrando a sua capacidade de sobrevivência com tudo que aprendeu com seu povo.
Enquanto o menino está fora, a tribo recebe visita de gente da cidade que leva muitos presentes ao povo da selva, mas, sem querer trazem nas suas bagagens o mosquito Aedes aegypti.
Próximo ao dia do seu aniversário, o menino retorna à sua aldeia para o ritual de passagem. Porém, o pajé da tribo impede a sua entrada, pois, todo o povo está doente.
Até que seja encontrada uma solução para acabar com os focos de água parada, local de procriação do mosquito, o garoto deve ficar vivendo no alto de uma montanha.Quando forem exterminados os focos do mosquito, será tocado o tambor avisando que é momento dele retornar.
Próximo do seu aniversário, o menino sente-se muito só e triste por ficar longe de todos. Ele percebe, então, que tem como companhia a lua. Resolve conversar com ela, perguntando quando é o aniversário dela. Assim é estabelecida uma amizade, pois quando o garoto diz algo o eco “responde”, como se a lua estivesse falando com ele.
Ao final, ele deseja feliz aniversário, sendo prontamente retribuído.
É festa
Para festejar o fim da Dengue, Zika vírus e da Febre Chikungunya, a criançada do NEI Coqueiros é convidada a cantar a música “Vejo dois mosquitos pelo ar”: “vejo dois mosquitos pelo ar, já voaram para outro lugar , vejo dois mosquitos na minha perna, já passaram para a outra perna, um está num pé, ai! outro noutro pé, ui! Oh quantos mosquitos pelo ar!”.
Pra terminar, todos fazem o som do mosquito e imitando o seu voo com uma das mãos, vão aproximando uma mão da outra e as batem, fingindo matar o mosquito!
Todos em sintonia
As crianças e os adultos interagiram o tempo todo na história, prestaram atenção nos sons dos instrumentos e nas cores e formas de artefatos indígenas: barco, pau de chuva, tambor, apitos, arco, flecha, cestos e animais, usados na narração da passagem para a fase do menino índio.
No diálogo entre o garoto e a lua as crianças faziam a parte do eco, que representava a voz do único satélite natural da terra. Toda história é contada com questionamentos do tipo: “vocês sabem o que é eco?; ” dentro da bagagem, o pessoal que visitou o povo indígena trouxe coisas muito bonitas, mas veio escondido um bichinho que pica todo mundo, vocês sabem que bicho é esse?”
As crianças são espertas
As próprias crianças falaram no mosquito Aedes aegypti. E com as respostas das próprias crianças, conforme a professora Aline, “foi ampliado o conhecimento daquelas que ainda não sabiam algo a respeito do inseto”. A professora Eliane salienta que “percebemos que as crianças participaram com muita efetividade e têm demonstrado um bom conhecimento sobre a questão da dengue”.
O trabalho continua
O trabalho de combate ao Aedes aegypti continua em projetos de sala onde as crianças construíram maquetes e aprenderam todo ciclo de vida do mosquito. O resultado é evidente, observa a professora Aline. “As crianças comentam que ensinam os pais a não deixarem água parada em lugares prováveis de focos do mosquito. Mesmo as crianças bem pequenas, de 3 anos, têm falado com bastante segurança e conhecimento sobre o assunto”.
Em sala, o projeto sobre o ciclo do mosquito foi desenvolvido pela professora Marta Oliveira e as auxiliares de sala Janaína Petersen e Luana de Souza.