Secretaria Municipal de Educação

07/04/2016 - Educação
Alunos da Costeira na luta contra o Aedes aegypti
Palestra sobre os perigos do agente transmissor de doenças foi ministrada na Escola Adotiva Liberato Valentim

foto/divulgação: Mauro Vaz / PMF

Palestrante Charles Schnorr com os alunos

Após ouvirem sobre os riscos do mosquito agente transmissor de doenças como a dengue, zika vírus e chikungunya, os alunos da Escola Básica Municipal Adotiva Liberato Valentim, na Costeira do Pirajubaé, agora são “Vigilantes Mirins em Ação” e estão prontos para agir e dizer: em Florianópolis o mosquito não tem vez! A palestra foi ministrada pelo coordenador de Prevenção da Secretaria de Educação, Charles Schnorr, nesta quinta-feira (7), com a presença de representantes da Prefeitura.

Os estudantes receberam camisetas da iniciativa, foram recrutados para integrar os Vigilantes Mirins e capacitados para que conversem com os familiares e colegas sobre a importância de se combater a reprodução do mosquito. Agora, podem atuar como fiscalizadores em suas comunidades e moradias. O secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior, destacou: “Vocês, nossos vigilantes mirins, são essenciais nessa luta. Com o trabalho de cada um, poderemos acabar com todos os focos”, disse.

A diretora da unidade de ensino, Karla Christine Hermans Lima da Silva, animou os alunos a continuarem nessa luta. “Aqui na escola, a conscientização já começou há algum tempo. No começo do ano, juntos, tiramos as bromélias do nosso jardim, onde os mosquitos poderiam ficar escondidos. Mesmo que o espaço físico da escola não fique mais tão bonito como era antes, agora temos mais segurança e menos perigo de ter água parada e focos do mosquito”, afirmou.

O secretário da Educação, Rodolfo Pinto da Luz, pediu que as crianças lembrem que são vigilantes nessa ação mas a ajuda dos adultos é essencial. “Vocês, crianças, devem estar sempre de olho em possíveis focos do mosquito e, se encontrarem algum, avisem um adulto, para que seja feita a atitude correta”, disse.

Os últimos dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) fazem com que a Secretaria de Educação da Capital intensifique a campanha “A rede contra o mosquito”. Só nos três primeiros meses do ano, foram diagnosticados no Estado 2.204 casos de dengue, 22 de febre chikungunya e 17 com zika vírus. Segundo Carlos Pinto, professor da UFSC que representou o Ministério da Educação, o trabalho está sendo realizado em mais de 200 municípios do Estado. “Se cada família dedicar dez minutos da sua semana para limpar possíveis focos em suas casas, certamente teremos um país livre do mosquito”, disse.

Casos em Santa Catarina

Desde o início do ano até o fim de março, foram notificados 6.565 suspeitas de dengue no estado. Desses, 2.204 foram confirmados. Outros 1.466 estão em verificação.

No mesmo período, a febre chikungunya deixou 282 pessoas em estado de alerta. Foram confirmados 22 desses casos e outros 136 permanecem em investigação.

O zika virus foi o que obteve menos casos suspeitos no intervalo de tempo. Somente 17 adquiriram de fato a doença, e outros 47 estão em observação.

A última é a doença mais alarmante. Ela pode estar ligada a casos de microcefalia, que gera um comprometimento muito grave no sistema nervoso central, tendo como resultado deficiência cerebral profunda e permanente nos bebês das mulheres grávidas que contraírem a doença.

Conhecendo o inimigo

O mosquito Aedes aegypti é pequeno, mas causa grandes estragos. Ele mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, de cor café ou preta e com listras brancas no corpo e nas pernas. Um dos maiores estragos que esse inseto causa é a transmissão do Vírus Zika, uma ocorrência nova no Brasil, que pode afetar as mulheres gestantes e causar consequências sérias e profundas no desenvolvimento de seus bebês, como a microcefalia, queocorre quando a cabeça e o cérebro das crianças são menores para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento. Por isso, mulheres grávidas devem ter atenção especial e acompanhamento em consultas pré-natais.


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