Secretaria Municipal de Educação
Os finalistas do prêmio Professor Nota 10 já foram escolhidos. Dentre 34 trabalhos, cinco foram selecionados como projetos inovadores que buscam qualificar ainda mais a educação das crianças e alunos da rede municipal de ensino. O prêmio tem a coordenação da Secretaria de Educação, com apoio da Câmara de Vereadores.
A solenidade de premiação será realizada na próxima terça-feira, dia 12 de dezembro, às 16h, na sede do legislativo municipal.
Na quinta edição do evento, foram escolhidos trabalhos como o da professora Barbara da Silva, que tornaram números e cálculos menos assustadores. O projeto “Matematizando o Mercado Público” foi sucesso na Escola Municipal Mâncio Costa, em Ratones.
Na Creche Municipal Frankin Cascaes, em Ponta das Canas, também há uma nota 10. A professora Sirlei de Oliveira foi selecionada por ter desenvolvido “Voar é preciso! Pequenos aventureiros desvendando o fenômeno do ar através das grandes invenções aéreas”.
Já na Creche Poeta João da Cruz e Sousa, localizada no bairro Areias do Campeche, o “Hora de imaginar, criar e recriar: brincando no mundo das artes” foi destaque. A proposta, partiu da professora Francine Trindade que buscou incentivar diferentes manifestações artísticas em crianças com idades entre 5 e 6 anos.
Janete Elenice, representando a Educação de Jovens, Adultos e Idosos - EJA Sul I, da Costeira Pirajubaé, também será premiada.
Através do trabalho “A pesquisa e a leitura como princípios educativos no primeiro seguimento”, a coordenadora do núcleo, em conjunto com a professora Maria Aparecida, debateu com estudantes temas como o preconceito racial, exploração do trabalho e discriminação.
O projeto “A vida no gelo” fecha a lista de trabalhos selecionados para o prêmio Professor Nota 10. A proposta pedagógica, da professora Jaqueline de Souza, e desenvolvida com os alunos do primeiro ano, foi voltada para as regiões mais frias do planeta, explorando a forma de sobrevivência dos moradores e dos animais que habitam esses lugares.
Um novo olhar para os números
Na Escola Básica Municipal Mâncio Costa, em Ratones, a professora Barbara da Silva Borges trouxe um novo olhar para a Matemática. Na sala de aula, além dos inúmeros cálculos e fórmulas, os alunos aprendem a aplicar o conteúdo em situações do dia a dia.
Um exemplo das atividades realizadas em sala pela profissional foi o projeto “Matematizando o mercado público”. A turma visitou o centro da Capital para conhecer o ponto turístico. Tiraram medidas do comprimento do mercado, produziram uma escala e depois desenvolveram uma maquete.
É preciso voar
Na creche Franklin Cascaes, a professora Sirlei de Oliveira e as crianças, com idades entre 3 e 4 anos, deixaram de viajar por entre os corredores da unidade para voarem acima dela.
Após a turma ler a obra infantil “Um avião e uma viola”, da autora Ana Maria Machado, o grupo sentiu grande interesse em conhecer mais sobre o ar e as invenções aéreas, ainda mais que por lá é comum a turminha olhar pela janela e enxergar a presença de aviões, helicópteros, parapentes e outras criações que completam a paisagem.
Dessa forma, começou o projeto “Voar é preciso! Pequenos aventureiros desvendando o fenômeno do ar através das grandes invenções aéreas”.
As coautoras do projeto são Silvana Souza da Silva e Juliana Vieira.
Pequenos artistas
Com apenas 5 e 6 anos, as crianças da Creche Poeta João da Cruz e Sousa já criaram releituras de pintores, a exemplo do brasileiro Luciano Martins, do holandês Van Gogh e do italiano Leonardo da Vinci.
O projeto “Hora de imaginar, criar e recriar: brincando no mundo das artes”, partiu da professora Francine Trindade, que observou o grande interesse do grupo por diferentes manifestações artísticas, como a música, desenho, dança e fotografia.
A profissional levou para a sala de aula o nome de renomados artistas e as obras criadas por eles. Após explicar um pouco a biografia de cada um, as crianças passaram a escolher quais temas gostariam de recriar. Segundo a professora, se o grupo estudou a respeito de um quadro, poderia ser feito um desenho, foto ou música inspirada nele.
O projeto, realizado no ano passado, em parceria com Nelci Lima e Giselli Duarte, rendeu uma grande exposição aberta para toda a comunidade e contemplou todas as criações da turminha. Algumas obras permanecem no acervo da instituição, e outras foram encaminhadas para os lares dos pequenos artistas.
Discriminação, racismo e exploração
Quem somos nós? Esse questionamento foi a largada para o desenvolvimento do projeto “A pesquisa e a leitura como princípios educativos no primeiro segmento”, do núcleo de Educação de Jovens, Adultos e Idosos – EJA Sul I, da Costeira do Pirajubaé.
Por essa pergunta, 15 estudantes, em alfabetização, criaram as suas , que se concentraram em exploração no trabalho, racismo, desigualdade social, preconceito e discriminação.
Surgiram, então, as indagações: “Por que a mulher negra ganha menos que a mulher branca na mesma função?” “Por que somos explorados no trabalho?” “O que é ser trabalhador?” “Por que os jovens acham que os idosos não podem estudar?”
Desta forma, com diversas atividades foram aperfeiçoadas as habilidades de letramento e o senso crítico da turma.
Dentre as várias atividades propostas os alunos produziram entrevista, cartazes, debates, vídeos com depoimentos sobre o trabalho, cenas teatrais e uma letra de samba- que foi musicada.
Também montaram uma mostra com 17 fotografias que foram expostas no 3º Encontro Internacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (ALFAEEJA), que ocorreu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O projeto foi executado pela professora Maria Aparecida e pela coordenadora do núcleo da EJA, Janete Elenice, e com a participação de professores do segundo segmento, profissionais que ministram aulas para os que estão concluindo o ensino fundamental.
Jacqueline Camila Abreu, professora de artes, auxiliou a dupla na direção de cenas para os cliques da mostra fotográfica.
Mistério do Gelo
Na Escola Básica Municipal Adotiva Liberato Valentim, a garotada embarcou em uma aventura pra lá de congelante. Por lá, os alunos do primeiro ano e a professora Jaqueline de Souza, começaram a pesquisar sobre a vida de pessoas e animais que vivem nos lugares mais frios do planeta.
Como os ursos sobrevivem? Como é a vida dos esquimós? O gelo é doce ou salgado? Foram apenas algumas das questões levantadas pela turminha.
Ao longo do ano passado, os alunos narraram através de textos, desenhos, apresentações e fotos como é vida dos animais que habitam o Polo Norte, Antártica e outras regiões do planeta abaixo de 0ºC. Também foram realizados passeios e a leitura coletiva de obras voltadas ao tema.
O projeto temático “A vida no gelo” teve como intuito auxiliar na alfabetização e no letramento da criançada. No final, foi realizada uma feira de ciências onde todos os trabalhos desenvolvidos foram expostos.