Secretaria Municipal de Educação

25/10/2017 - Educação
Alunos escolhem o que querem estudar: de povos indígenas ao Egito Antigo
Por intermédio de projeto de iniciação à pesquisa, ação é desenvolvida na Escola Municipal de Florianópolis Luiz Cândido da Luz

foto/divulgação: EBM Luiz Cândido da Luz

O objetivo é que o aprendizado ocorra focando nos alunos e em suas contribuições

Estudar a história e os costumes de povos indígenas pode ser uma ideia utilizada por qualquer unidade escolar. Porém, na Escola Básica Municipal de Florianópolis Luiz Cândido da Luz, no bairro Vargem do Bom Jesus, existe um diferencial: quem escolheu o tema proposto foram os próprios alunos.

 

A unidade vem desenvolvendo com os anos iniciais do ensino fundamental um projeto de iniciação à pesquisa. O objetivo é que o aprendizado ocorra focando nos alunos e em suas contribuições.

 

Após uma votação em sala de aula com os diversos assuntos sugeridos pelos estudantes, ficou decidido que o tema de pesquisa da turma do 4º ano seria os povos indígenas.

 

A turma foi dividida em quatro grupos para facilitar os levantamentos de informações: lendas e mitos, alimentação, jogos e brincadeiras, e vestimenta.

 

 

Na prática

 


Os estudantes confeccionaram cartazes com imagens e informações sobre o assunto, foram na biblioteca e expuseram seus trabalhos no mural da escola, apresentando o conhecimento adquirido até o momento para outras turmas.

 

Também construíram instrumentos indígenas e participaram de um seminário entre turmas. Algumas famílias marcaram presença no projeto, enviando alimentos e decorações indígenas.

 

Foi realizada uma saída de estudos ao Costão do Santinho acompanhados do biólogo Renato, onde foram observadas inscrições rupestres, pinturas, pedras que eram usadas como armas pelos índios e engenhos.

 

“Aprendemos que Santa Catarina tem duas tribos e que na Amazônia é o lugar que mais tem índios. Esse projeto também ajudou a melhorar a nossa leitura, porque a gente tinha que ler os textos da pesquisa”, explica o aluno Lucas Bem.

 

A professora Eunice, responsável pelo projeto, conta que o maior desafio é inserir o tema escolhido nas outras disciplinas curriculares. “Com base nessa proposta os próprios alunos começaram a se tornar autônomos do seu próprio conhecimento, buscando diferentes informações e compartilhando a pesquisa com outros grupos, fazendo uma interação e consolidando o assunto”, explica.

 


O projeto

 


A ideia começa com a escolha do tema, onde os estudantes determinam o que será pesquisado, por meio de estratégias colocadas pelo professor, que vai mediando o processo. Depois de selecionado o tema, os alunos fazem questionamentos a respeito do assunto.

 

Em parceria com a sala informatizada, biblioteca, laboratório de ciências, famílias e demais espaços, começa a pesquisa científica. Ela culmina em uma saída de estudos, para relacionar teoria e prática.

 

O último passo é transformar o conhecimento em algo visível, usando técnicas para expor aquilo que aprenderam, como a apresentação na Feira de Ciências da unidade que ocorrerá em novembro.

 

 

Acreditar nos estudantes

 


Além de povos indígenas, entre os temas escolhidos pelos alunos da escola este ano estão o corpo humano, a cultura do Boi de Mamão, animais em extinção, os mistérios do universo, papel reciclado e o Egito Antigo.

 

“Normalmente somos nós que determinamos o que será estudado e, assim, acabamos sendo os detentores do conhecimento. Por isso, entrar nesse projeto é acreditar na capacidade dos estudantes”, diz a supervisora escolar Melize Daniel, orientadora do projeto.

 

 

A etapa final

 


“Agora estamos nos preparando para a Feira de Ciências e Cultura da escola que será dia 25 de novembro”, afirma a aluna Maria Gabrieli Bassoli. “Vamos mostrar tudo que aprendemos, apresentar os cartazes e explicá-los para quem nos visitar”.


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