Secretaria Municipal de Educação
Dois trabalhos da rede municipal de ensino de Florianópolis estão selecionados para a Feira Nacional de Matemática. Os projetos “Que Peixe é este?”, da Escola Básica Municipal Osmar Cunha, em Canasvieiras, e “A Matemática na Robótica”, da Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva, na Cachoeira do Bom Jesus, foram indicados na Feira Catarinense de Matemática, que aconteceu na cidade de Massaranduba, a 168 km da Capital.
Além deles, outros dois trabalhos da rede municipal foram destaque: “A Matemática da Pizza”, da Escola Básica Municipal José Amaro Cordeiro (Morro das Pedras) e “A história do Tangram” (um quebra-cabeça chinês), da Escola Básica Municipal Herondina Medeiros Zeferino (Ingleses).
Segundo o secretário de Educação Maurício Fernandes Pereira, essas iniciativas trabalham uma maneira criativa e divertida de aprender matemática, favorecendo assim a desconstrução da ideia de que matemática é uma disciplina difícil. A Feira Nacional de Matemática irá ocorrer no ano que vem. No entanto, não há ainda a definição da sede e nem da data do evento.
O mar e a matemática
O projeto “Que peixe é este?” foi desenvolvido com estudantes do 9º ano da Escola Básica Municipal Osmar Cunha, em Canasvieiras, e apresenta uma abordagem matemática sobre a pesca da tainha em Florianópolis. A iniciativa foi orientada pelas professoras Tarcísia Vicente de Lima e Jussara Brigo, e surgiu do fato de que a maioria das crianças da escola e dos moradores do bairro são pescadores ou descendentes de famílias de pescadores, tendo uma relação direta com o mar e seus frutos.
“Nosso projeto iniciou com o estudo do tema. Na sequência, com as informações coletadas pelos alunos, fizemos uma saída de campo junto à praia, onde tivemos oportunidade de conversar com os pescadores e vivenciar esse momento da pesca”, conta a professora de matemática Tarcísia. Desde então, a turma está trabalhando com as informações e as relacionando com a matemática.
Entre os conceitos estudados estão operações com números naturais e racionais, porcentagem, plano cartesiano, espaço, figuras planas e espaciais, lugar geométrico, retas, perímetro, ângulos e área.
Inclusão
Os estudantes da Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), na Cachoeira do Bom Jesus, desenvolveram o trabalho “A matemática na robótica”, sob a orientação da professora Flaviana Cristina Meneguelle. As crianças têm um colega cego na sala e com um tema com construção prática de um protótipo, ele poderia interagir com o trabalho em todas as etapas. O foco foi em descobrir como funciona o sistema da robótica e o sistema hidráulico das máquinas e assim construir um robô hidráulico guindaste e um robô hidráulico retroescavadeira.
Durante as pesquisas e a montagem do trabalho, os estudantes puderam aprender sobre o deslocamento da retroescavadeira e do guindaste no plano cartesiano, ângulos, graus, números negativos, preços dos materiais, área, perímetro, medidas de volume, ampliação e redução.
A matemática da pizza
Com o objetivo de conhecer mais sobre a pizza, sua história, curiosidades, e verificar a matemática presente em cada detalhe estudado, uma turma de sétimo ano da Escola Básica Municipal José Amaro Cordeiro, no Morro das Pedras, desenvolveu o trabalho “A matemática da pizza”, orientado pela professora Emiliana Aparecida Corrêa.
Foi realizado um estudo sobre a circunferência da pizza, com ênfase na sua divisão em partes iguais, que representam as fatias do alimento. Uma pesquisa foi feita na sala para descobrir qual o sabor favorito de cada um. Com o resultado, foi montada uma tabela, um gráfico de barras e claro, um gráfico de pizza para representar a porcentagem de estudantes para cada sabor.
Os principais conteúdos matemáticos abordados foram porcentagem, proporcionalidade, resolução de problemas, frações, números decimais, ângulos e a circunferência.
Tangram
Orientados pela professora Gerusa de Castro Aguiar Ferreira, as crianças do quarto ano do ensino fundamental da Escola Básica Municipal Herondina Medeiros Zeferino, nos Ingleses, desenvolveram o projeto “A história do Tangram”, com o objetivo de apresentar a importância do quebra-cabeça como recurso didático na disciplina de matemática.
Com o jogo é possível trabalhar ludicamente conteúdos matemáticos, como polígonos, classificação de triângulos, ângulos, perímetro e também a utilização da régua que permite a construção de retas paralelas, perpendiculares e diagonal.
O Tangram é um quebra-cabeça chinês formado de sete peças: um quadrado, um paralelogramo, dois triângulos isósceles congruentes maiores, dois triângulos menores também isósceles e congruentes e um triângulo isósceles médio. As sete peças formam um quadrado. Surgiu há mais de 2.000 anos e seu nome original, “Tchi Tchiao Pan”, significa “Sete Peças da Sabedoria”. Seu objetivo é conseguir montar uma determinada forma, usando somente as sete peças.
