Secretaria Municipal de Educação

01/08/2019 - Educação
Cultura africana é tema de trabalho em feira de Matemática e Ciências
Professora Rosileni na Silva e estudantes farão um relato da atividade no XIII Seminário da Diversidade Étnico-Racial, que ocorrerá em novembro

foto/divulgação: Arquivo SME

Um dos principais objetivos da atividade é trabalhar o respeito à diversidade

Estimular a valorização cultural do continente africano foi a proposta da pedagoga Rosileni da Silva para o trabalho das turmas de 5º anos (51 e 54) na Feira de Matemática e Ciências da Escola Básica Municipal Herondina Medeiros Zeferino, no bairro Ingleses.

 

O trabalho, intitulado “Migra Mundo”, tem como principais objetivos identificar mapeamentos étnicos, reconhecer o africano e o afro-brasileiro como sujeitos históricos e trabalhar o respeito à diversidade. Os estudantes, com a orientação da professora, confeccionaram e pintaram máscaras africanas e pintaram bandeiras dos 54 países do continente. A supervisora Andréa Perdicaris acompanhou as atividades.

 

As crianças também fizeram vídeos com relatos sobre o processo de criação, contando com a ajuda do Samuel Nunes Santana e Ariel Homem Ribeiro, responsáveis pelo laboratório de tecnologia na unidade.  A turma também recebeu orientação da bibliotecária Jussara Teixeira da Silva, da biblioteca da Fundação Franklin Cascaes, para realizarem pesquisas sobre o tema.

 

Para a produção da atividade, os estudantes foram divididos em 4 grupos. O primeiro, estudou países, idiomas e religiões africanas; o segundo, pesquisou sobre savanas e os safáris; o terceiro, os animais africanos; e o quarto grupo, o futebol no continente. Também foram desenhados painéis com imagens de afrodescendentes.

 

O professor Sérgio Pamplona fez uma roda de conversa com as crianças para explicar o sentido e o porquê do termo Berço da Humanidade, além de falar sobre mapeamento genético e as diferenças de imigração e migração.

 

“Aproveitando o gancho do trabalho que estava sendo efetuado sobre a África, procuramos minimizar algumas das causas das questões raciais no nosso cotidiano e retomar a harmonia necessária na sala de aula, além de aumentar a autoestima de alunos que sofrem pela sua cor da pele e desenvolver maior empatia no grupo”, explica Sérgio.

 

Extensão do trabalho

 

A proposta do Migra Mundo irá além da feira de Matemática e Ciências. A professora Rosileni conta que “os estudantes ainda terão atividades como uma videoconferência com um angolano e participarão de uma oficina para aprenderem a fazer a boneca Abayomi, reconhecida por favorecer o reconhecimento de múltiplas etnias africanas, já que não possui demarcação de olho, nariz e boca”.

 

O secretário da Educação Maurício Fernandes Pereira convidou a professora e a turma para participarem do XIII Seminário da Diversidade Étnico-Racial, que ocorrerá nos dias 20 e 21 de novembro, com a intenção de levar relatos sobre o trabalho.

 

“Quando um trabalho com a importância cultural do Migra Mundo é desenvolvido, nós temos o papel de estender o aprendizado da sala de aula para o maior número de pessoas possíveis”, ressalta o secretário.


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