Secretaria Municipal de Educação
Em Florianópolis, no universo das crianças de 1 a 6 anos do Núcleo de Educação Infantil Municipal Doralice Teodora Bastos, em Canasvieiras, a brincadeira é porta de entrada para as crianças conhecerem o mundo, possibilitando o desenvolvimento das diferentes linguagens na infância.
Denominados “Territórios Brincantes”, a proposta metodológica possibilita que as crianças explorem diversos papéis e cenários temáticos. Em um dia, são engenheiros aprendendo a construir casas, bem como comprá-las e vendê-las, no outro, exploram a terra por meio da criação de minhocas.
Há três anos no estabelecimento de ensino, a proposta traz para os pequenos cinco espaços, por ciclos, pensados e criados de forma coletiva pelos profissionais da unidade. Eles conhecem e investigam, por meio do brincar, as diferentes linguagens.
O ambiente é construído valorizando a qualidade de materiais, a organização, a estética, com cenários bem coloridos e as relações sociais, priorizando o brincar como essência da infância.
“É um lugar onde a criança é a protagonista e tem como princípio o planejamento coletivo”, explica a diretora da unidade educativa, Cláudia de Almeida ten Caten.
A rotina dos Territórios acontece durante três semanas, nos dois turnos e com todos os grupos do Neim. Os espaços mudam conforme o interesse da criançada, e a intencionalidade dos profissionais, que além de planejar o ambiente, colocam-se como referência no local.
“Tive a oportunidade de conhecer e vivenciar momentos de brincadeiras com as crianças e, reafirmo que, pude perceber na prática e nas relações lá estabelecidas com as crianças, o que preconizam os documentos orientadores da rede municipal de Educação Infantil”, salienta o secretário de Educação Maurício Fernandes Pereira.
O saber na prática
No território Engenharia Infantil, a criançada é imersa no universo das construções. O foco é a linguagem matemática. Elas aprendem sobre medidas, peso, altura, ferramentas, objetos para montagem e desmontagem, organização do local e a arquitetura de pequenas e grandes construções.
Nesse espaço, os pequenos têm diferentes tarefas. Eles exploram os materiais que compõe grandes estruturas, bem como, a utilização de legos, blocos, argila e papelões para executar a “obra” de pequenas estruturas.
A história dos três porquinhos é contada para por em prática a construção das casinhas de palha, barro e concreto. Os grupos também assumem um papel no escritório, onde há a possibilidade das relações e registros envolvidos na obra e execução de diferentes arquiteturas. Há também, a tarefa de compra e venda, inserindo a simbologia do dinheiro, construindo uma loja de materiais de construção.
Linguagem: natureza
No quintal da unidade educativa, os profissionais promovem experiências brincantes que possibilitam a exploração de fenômenos biológicos. O território “Meu Quintal” propõe a utilização de materiais como pás, enxadas, potes, terra, carrinho de mão, entre outros. As crianças observam as minhocas, sua importância, alimentação e registro através de desenhos desse pequeno animal. Eles também conhecem e brincam com elementos da natureza: pinhas, pedras, folhas e galhos.
O personagem desse local é o Curupira, simbolizando a preservação da natureza. A decoração fica por conta das pinhas e suculentas.
“Nós percebemos que, dentro de cada território, existe outro território imaginativo que as crianças criam, com infinitas possibilidades”, comenta o professor do Núcleo, Charles Caubi Brandão.
Confira o nome de outros espaços
Território Meu Quintal
Território Engenharia Infantil
Território Mundo dos Carrinhos
Território Eu Pequeno
Território A Casinha
Território Era Uma Vez
Território Arte Por Toda Parte