Secretaria Municipal de Educação

22/11/2021 - Educação
Estudantes da rede municipal de ensino de Florianópolis criam livro para falar sobre escravidão
Projeto foi desenvolvido pela professora Marrara Gomes, da Escola do Futuro da Tapera

foto/divulgação: Arquivo SME

Malaika, que tem o significado de “anjo”, é uma princesa. Os estudantes decidiram que a personagem central teria o nome de uma majestade

Como aconteceu a escravidão de negros a partir do ponto de vista de estudantes de 8 anos da rede municipal de ensino de Florianópolis?

 

 

Basta ler Malaika, elaborado pela turma do terceiro ano da Escola do Futuro da Tapera, em conjunto com a professora Marrara Gomes.

 

 

Tudo surgiu dentro do projeto “Memórias de um passado recente” em que a professora dos anos iniciais apresentou às crianças a história dos africanos no Brasil. Durante o desenvolvimento do projeto, os estudantes conheceram, através de pesquisas, rodas de conversa e leituras em grupo, a saga dos negros arrancados à força de seu continente de origem para virem para o nosso país.

 

 

A obra foi escrita de forma coletiva com a turma durante o desenvolvimento do projeto e os desenhos são também de autoria deles. A montagem final coube à professora.

 

 

Malaika, que tem o significado de “anjo”, é uma princesa. Os estudantes decidiram que a personagem central teria o nome de uma majestade, uma vez que pesquisaram a respeito de como eram as princesas do continente distante.  Com o auxílio da professora de tecnologia, Patrícia Aguiar, analisaram diversos nomes femininos. “Saíram muitos nomes e fizemos uma votação em sala. Eles escolheram Malaika pelo significado (anjo)”. No livro, a personagem é uma criança, como eles, de 9 anos de idade.

 

 

Quando se deram conta o que aconteceu durante a escravidão, eles ficaram com um misto de tristeza e revolta.  Eles decidiram transformar esses sentimentos em história, para que todos conhecessem e pudessem entender, a partir do olhar deles, o sofrimento e a riqueza do povo africano.

 

 

Conforme relata a professora Marrara Gomes, quando o livro se tornou realidade eles se sentiram empoderados, pois conseguiriam explicar de forma mais concreta o seu ponto de vista.


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