Secretaria Municipal de Educação

09/03/2022 - Educação
Escola do Futuro da Tapera possui aulas de Libras e muro grafitado com alfabeto da Língua Brasileira de Sinais
Mais 17 unidades educativas da rede municipal de Florianópolis utilizam essa modalidade gestual-visual em seu cotidiano

foto/divulgação: Arquivo SME

Na Escola do Futuro da Tapera, da rede municipal de Florianópolis, todos do ensino fundamental podem aprender Libras, Língua Brasileira de Sinais

Na Escola do Futuro da Tapera, da rede municipal de Florianópolis, todos do ensino fundamental podem aprender Libras, Língua Brasileira de Sinais. Como componente curricular, é oferecida a 140 estudantes do primeiro ao quinto ano.  Como atividade complementar, no contraturno, para 180 estudantes dos anos finais, há o Clube de Libras, um espaço pensado para o ensino dessa língua  com os recursos necessários e professores com formação adequada.

 

 

 

A Libras possui características específicas, ressalta a diretora da Escola Municipal Tapera, Melize Daniel. Além de ser reconhecida em todos os aspectos linguísticos, como morfologia, sintaxe e pragmática, “ela se diferencia do português na medida em que se apresenta na modalidade gestual-visual, portanto, composta por um conjunto de movimentos e expressões captados pela visão”.

 

 

 

Conforme o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, a Prefeitura tem por objetivo a construção de um sistema educacional cada vez mais inclusivo. “É de suma importância que todos da comunidade escolar possam  ampliar seus olhares em relação a língua oficial das comunidades surdas”.

 

 

 

As aulas de Libras na unidade ocorrem desde sua inauguração no início doano de 2020. A professora Vanessa Gonzato é surda e trabalha com um  intérprete, o professor Valdelúcio Fernandes Marques. Eles atuam no ensino regular e nos projetos.

 

 

 

Para Vanessa, o  ensino de Libras na Escola do Futuro garante a inclusão desse grupo linguístico minoritário, contribuindo para disseminar mais informações sobre a língua brasileira de sinais, para a comunicação em Libras e permitindo o oposto: que o professor compreenda o estudante.

 

 

 

“É visível o interesse da parte dos estudantes no momento da aula, sempre querendo conhecer mais sobre a cultura surda e também aprender mais sinais”,  informa a professora.  “Os estudantes já relataram que gostam de aprender Libras, que pretendem usar quando encontrar um surdo, ou alguns têm parentes ou conhecidos surdos e querem ter uma comunicação mais efetiva”, complementa Vanessa.

 

 

 

Na parte frontal da escola o nome da unidade também está escrito em Libras. Outra acão foi grafitar o muro lateral com todo o alfabeto em Língua Brasileira de Sinais. “A ideia da grafitagem foi para dar visibilidade à língua estudada na escola, socializar com a comunidade escolar e impulsionar  o interesse das pessoas que por ali passam a aprender o alfabeto desta língua”, frisa a diretora Melize Daniel.

 

 

 

Libras em outras unidades

 

 

 

 

Mais 17 unidades educativas possuem a Língua Brasileira de Sinais em seu cotidiano, seja em escola ou em núcleo de educação infantil.  Em quatro  unidades, o sistema  é similar ao da EBM Tapera. Isso ocorre nas escolas  Mâncio Costa (Ratones) , Intendente Aricomedes da Silva (Cachoeira do Bom Jesus)  e Osmar Cunha (Canasvieiras). Todos os  pequenos do Núcleo de Educação Infantil  Doralice Maria Dias (Vargem do Bom Jesus) também têm acesso à Libras.  


galeria de imagens