Secretaria Municipal de Educação

07/05/2012 - Educação
Brincadeiras antigas ganham espaço em Creche da Capital
O intuito da unidade é não deixar cair no esquecimento diversas recreações

foto/divulgação:

Pipa, pião, boneca, amarelinha, os brinquedos considerados ultrapassados pela geração da informática voltaram a fazer sucesso para 19 crianças que possuem entre 4 e 5 anos na Creche Municipal Orlandina Cordeiro, bairro Saco Grande. Por meio do projeto “Brinquedos e Brincadeiras antigas”, uma vez por semana um familiar de cada criança comparece na unidade para ensinar brincadeiras que integraram sua infância. 

 

Tudo começou com o interesse dos pequenos. Todas as tardes eles avistavam o colorido das pipas no céu e queriam ter uma igual. As professoras Suelem Costa e Viviane Rodrigues resolveram então, trabalhar em sala obras de arte que retratassem brincadeiras antigas, como as pinturas “Pipas”, de Cândido Portinari, “Jogos infantis”, de Pieter Bruegel e “Amarelinha e boneca”, de Ivan Cruz. Em cada obra o grupo se interessou pelos brinquedos novos para os pequenos olhares. “Como são peças simples de fazer, resolvemos pedir o apoio das famílias para resgatar brincadeiras da época dos pais e avós”, lembra Suelem Costa.

 

Em reunião, os pais concordaram em comparecer à unidade para apresentar uma brincadeira, como pião, bilboquê, pipa, amarelinha e dança de roda. Ademir, pai da pequena Thaiane, ensinou a confeccionar e soltar pipa. Desta forma varetas de bambu foram coladas em um papel de seda, assim como foi montada a rabiola. A festa terminou quando o grupo aprendeu a empinar a pandorga. Em outra semana, Adriana, mãe de Sarah, ensinou os pequenos a pular amarelinha e juntos eles se encarregaram de fazer marcações no chão para praticar a brincadeira.

 

Simplicidade

 

A dança de roda será a próxima diversão do grupo. Valeria Correa, mãe de Eduardo, já se comprometeu em reservar um tempo da sua jornada de trabalho para comparecer à unidade. Ela lembra que esta é uma oportunidade que não teve quando criança. “Os pais só compareciam à creche ou escola para reuniões ou quando acontecia algum problema.”

 

Para Neiva Martins, diretora da creche, o projeto é importante pois busca a simplicidade. “Remetemos as crianças à nossa infância, época em que pedrinhas viravam coleções, flores eram perfumes, meia virava bola, ou seja, do nada fazíamos tudo.” O intuito do grupo é continuar com o projeto ao longo do ano e fazer com que as brincadeiras antigas não caiam no esquecimento dos pequenos.


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