Secretaria Municipal de Educação
Annelise Maria Frank e família estão escondidas em um cômodo secreto na cidade de Amsterdã, Holanda. Alemães, de origem judaica, fogem dos nazistas. Em um caderno, a menina relata o drama e o dia a dia de todos. Em março de 1945, antes de completar 15 anos de idade, morre em um campo de concentração de desnutrição e de febre tifoide.
O pai, Otto Frank, único sobrevivente da família, publica os relatos da filha em 1947. A obra, o “Diário de Anne Frank”, inspirou alunos e professoras da Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, a estudar a biografia da personagem.
A partir do trabalho desenvolvido sobre este gênero textual, por uma turma do quarto ano do ensino fundamental , diversas discussões surgiram em relação à experiência e infância de Anne Frank. Conforme a professora Kamila Farias Pantel, isto gerou mais análises.
Em parceria com a auxiliar de ensino de tecnologia educacional, Cátia Regina, na sala informatizada a criançada recebeu orientações e fez pesquisas na internet, em sites previamente selecionados. A turma teve acesso também a um documentário sobre a vida de Anne.
Com as informações coletadas, os 23 alunos, de nove a onze anos, produziram um texto coletivo abordando passagens da vida da menina alemã, levando em consideração alguns itens que uma biografia deve conter: locais, datas, fatos importantes. Cátia orientou o grupo de como acessar o programa de edição de textos em computadores e como digitar e formatar os escritos.
O próximo passo foi a produção individual de textos, quando as crianças fizeram uma comparação da infância delas com a de Anne Frank. O material já foi publicado no blog da escola: http://salainformatizadajoaogoncalves.blogspot.com.br/
O aluno Lucas diz que “a infância de Anne Frank era chata porque ela não podia sair para rua. Hoje em dia nossa infância é legal porque agente pode sair para a rua”. Maria Luiza observa: “eu imagino que a infância dela foi muito ruim porque ela tinha que fugir dos nazistas. Já a minha infância é muito boa porque eu sou muito feliz”.
Camila coloca: “a infância de Anne Frank foi muito ruim, teve a segunda guerra mundial e alguns momentos bons como o aniversário de 12 anos dela. Mas também tinha outra coisa, a perseguição dos nazistas. Já a minha infância é muito boa porque eu posso brincar na rua e com os amigos e não tem guerra mundial, não tem perseguição dos nazistas, enfim”.
A fase final será a elaboração de uma autobiografia de cada um em forma de história em quadrinhos. Com as atividades, a professora Kamila quer capacitar os alunos para que possam identificar esse tipo de gênero textual e expressar-se de forma coerente e clara. “Ela acrescenta ainda: “é muito importante desenvolver atividades com os alunos e não para os alunos. Essa postura é fundamental a toda educação democrática e emancipadora”.