Secretaria Municipal da Fazenda

27/01/2014 - Comunicação
Parque do Morro da Cruz vira ponto de encontro
Espaço inaugurado no dia 30 de novembro já recebe cerca de 400 visitantes por semana

foto/divulgação: Petra Mafalda/PMF

João Vítor Virtuoso (pendurado na árvore), Tainara Maria dos Santos (abaixo), e Agatha Regina Nascimento, Wesley Kauan (de vermelho) e Rudnei de Oliveira (de azul), juntos

A sede do parque natural municipal do Maciço do Morro da Cruz, inaugurada há menos de dois meses, tem sido bastante procurada como opção de lazer tanto pela população de Florianópolis como por turistas, inclusive estrangeiros, que visitam a cidade. 

O Superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), Volnei Ivo Carlin, diz que a média de visitação diária registrada é de 50 pessoas - sendo o movimento mais intenso no início da manhã e no final da tarde - chegando a 150 visitantes aos sábados e domingos, totalizando um público de cerca de 400 pessoas, por semana. “Mais do que a expectativa”, festeja Carlin.

Ainda segundo o Superintendente da FLORAM, muitos turistas argentinos e uruguaios têm ido conhecer o parque, mas também já foram identificadas famílias de japoneses, australianos, austríacos e franceses. E uma das atrações que mais tem chamado a atenção é a Trilha Pedra dos Gaviões, uma das três trilhas que servem para contemplação da flora e da ave-fauna e que vão ser instrumentos pedagógicos de projetos de educação ambiental envolvendo escolas.

A Trilha Pedra dos Gaviões passa por 140 metros de Mata Atlântica e termina no mirante natural da Pedra dos Gaviões, possibilitando uma vista panorâmica das baías Norte e Sul, da Ponte Hercílio Luz, e da parte continental da cidade e de municípios vizinhos. “Todo mundo vai lá e fica apaixonado. É a melhor vista de Florianópolis, um espetáculo”, comenta Carlin. Além disso, muitos turistas ficam admirados de saber que a entrada da sede do parque é gratuita.

Comunidade

Nessas férias escolares, os primos Agatha, Tainara, Wesley e Rudnei, entre 10 e 14 anos, que moram no Monte Serrat, uma das 16 comunidades da Região, e na Caieira do Saco dos Limões, trocaram as tardes em frente à TV de casa pelas brincadeiras ao ar livre no parque. Eles foram encontrados na tarde desta segunda-feira (27) juntos, como de costume ultimamente. Wesley Kauan, de 12 anos, estudante da 7ª série, aliás, incentiva quem não conhece o novo espaço a ir visitá-lo. “Vem pra cá porque é muito legal e vai fazer um monte de amigo”, garante. 

Demonstrando bastante entrosamento, as crianças e adolescentes contam que gostam de brincar nos dois parques infantis, de bola (principalmente de vôlei) na quadra de areia, de pega-pega e de subir nas árvores. Mas, embora não hesitem em trepar nos altos galhos de uma goiabeira atrás de diversão, respeitam o fato de suas frutinhas, ainda pequenas e verdes, não estarem na época de comer. Quando querem fruta, saem à procura de amoras-do-mato maduras, porém, no momento, também podem ser encontrados pés de araçá e bananeiras carregados.

A sede do parque natural tem vigilância 24 horas por dia, assegurada por dois turnos de vigilantes, mas os pequenos relatam que, mesmo assim, ficam na companhia de um adulto conhecido quando as estripulias no lugar vão noite adentro. E, se depender deles, nem a volta às aulas a partir de 10 de fevereiro deve acabar com as peraltices típicas da infância na nova área de lazer da cidade. “Depois da aula irei em casa almoçar, descansar, e à tarde, quando não tiver nada pra fazer, vou vir pra cá”, disse Rudnei de Oliveira, de 14 anos, da 7ª série. 

Infraestrutura

Gente grande também procura o parque natural municipal do Maciço do Morro da Cruz para fazer exercícios físicos e praticar esportes. É que a sede do parque - que integra o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e ocupa 1.494.036,50 m2 dos aproximadamente 215 hectares do Maciço – ainda dispõe de duas áreas com equipamentos para ginástica e de uma quadra esportiva de concreto, próxima de dois banheiros e vestiários.

Vale destacar que na construção da sede um total de 1.385 mudas de 21 espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica foram plantadas buscando a restauração florestal e a recuperação do meio ambiente. Entre elas, o Garapuvu, a árvore símbolo de Florianópolis. Além disso, também foram cultivadas orquídeas e bromélias, entre outras plantas. 

Outras trilhas

As outras duas trilhas da sede do parque são a Rendeira e a dos Camboatás. A Trilha da Rendeira (que recebeu esse nome em homenagem a uma pequena ave comum na região, a Rendeira ou Estala-bilro, que antes do acasalamento produz estalos semelhantes aos bilros das rendeiras da Ilha), de 180 metros de extensão, perfaz um circuito, também passando pela floresta, uma nascente d’água, um antigo caminho feito por carro-de-boi e retornando ao ponto inicial.

Já a Trilha dos Camboatás - “batizada” assim para homenagear o Caboatá-branco, uma árvore que pode chegar a 20 metros de altura – é a maior das três trilhas com 280 metros. Ela sai do deque de contemplação do lago (artificial) Norte, passa pela Mata Atlântica, por área de recuperação ambiental, pelo anfiteatro com capacidade para 50 pessoas, por outra parte da floresta e chega ao deque do lago (artificial) Sul.

Como chegar 

O acesso ao parque se dá, pelo Sul, pela rua General Vieira da Rosa, em frente à escola estadual Lúcia Mayvorne, e pelo Norte, pela Avenida do Antão, logo após o loteamento Morumbi. 


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