Secretaria Municipal de Assistência Social

25/05/2010 - Social
Reunião define medidas emergenciais para melhorar a qualidade de vida dos índios
O objetivo é melhorar as condições de trabalho dos índios valorizando a cultura gerando renda para as comunidades

foto/divulgação: Texto e fotos: Cibelly Favero

Reunião foi realizada na comunidade indígena Guarani, no Morro dos Cavalos

“A impressão que se tem ao ver as índias nas calçadas com crianças é que elas estão pedindo esmolas. E na verdade não é isso, o que elas precisam é de ajuda para a valorização da cultura indígena e com isso gerar mais renda para que se sustentem através do artesanato produzido. E é para que isso aconteça que estamos trabalhando”, explicou Ana Paula Cardozo, Coordenadora da COPPIR.

 

A Coordenadoria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial – COPPIR, em parceria com a FUNAI, o IGEOF e a Secretaria Executiva de Serviços Públicos - SESP, vem realizando reuniões com os órgãos parceiros para definir a melhor estratégia de valorizar a cultura do índio e assim melhorar sua condição de vida.

 

A reunião mais recente foi realizada no dia 14 de maio, com a comunidade indígena Guarani, no Morro dos Cavalos. Neste encontro, a comunidade expôs suas necessidades e sugestões de melhorias.

 

Já aprovado o espaço para a exposição de artesanato indígena na feira do no Largo da Alfândega. As propostas definidas na reunião ainda devem ser legitimadas. Serão discutidos ainda, o meio de transporte e a exposição dos produtos em outras feiras, como na Praça XV em feiras temporárias.

 

A inserção dos produtos indígenas no comércio também está sendo estudada, nesta  reunião, uma equipe do Design Possível, do Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, apresentou as possibilidades de ajudar nessa inserção, agregando o valor cultural no preço de cada peça. Cada comunidade terá sua barraca personalizada, com logomarca e a história da tribo.

Em troca, os índios se comprometem em não levar as crianças, para que estas não fiquem nas ruas.

 

Estas seriam medidas emergenciais para melhorar a qualidade de vida dos índios. A longo prazo, o objetivo é criar a “Casa de Cultura Indígena”, um projeto onde todo o artesanato produzido pelos índios será encontrado neste local, facilitando o reconhecimento da cultura e aumentando a venda de artesanato.

 

“Com certeza, essas mudanças vão nos ajudar muito. Só começo a me preocupar que vou precisar produzir muito artesanato. Nós vamos vender muito”, acredita Marco, cacique e artesão da aldeia de Maciambu.

 

“Sabemos que este é só o início, mas precisamos começar. O objetivo final é que com a inserção do produto deles no mercado, a renda esteja garantida. E assim, que os índios não precisem sair das suas aldeias”, concluiu Ana Paula.

 

No mês de julho, os índios devem ocupar seus espaços nas feiras.


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