Secretaria Municipal de Assistência Social

24/11/2011 - Social
Campanha 16 dias de Ativismo realiza workshop para discutir sexualidade e o empoderamento da jovem mulher
Mães e adolescentes de Florianópolis expressaram dúvidas e opiniões acerca do assunto.

foto/divulgação:

Grupo organizado de mães atentas à palestra.

A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis, Floram, em parceria com a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Juventude apresentaram na tarde desta quinta-feira, 24, um debate sobre a mulher e a sexualidade, no Parque Ecológico Córrego Grande, na Capital. O workshop faz parte da programação da Campanha 16 Dias de Ativismo.

 

Estiveram presentes adolescentes do Projovem, Centro Cultural Escrava Anastácia e um grupo organizado de mães acompanhadas dos filhos. Dentre as atividades, as jovens assistiram a um vídeo sobre a violência contra a mulher, e uma das mães se emocionou ao lembrar as agressões que sofreu do ex-marido. Relatou que foi atacada com chutes e pontapés no meio da rua e ninguém a ajudou. “Minha mãe e meu irmão também nunca me defenderam”, conta a jovem em prantos.

 

Sayonara de Castilhos Amaral, educadora ambiental e especialista em sexualidade humana, propôs e orientou a discussão a respeito do tema. “A sociedade é cruel, mas temos que aprender que o primeiro meio ambiente que temos que cuidar é nós mesmos”, afirma a educadora.

 

Durante a palestra Sayonara fez comparações com a sexualidade de antigamente, e assegurou que hoje as adolescentes praticam o ato sexual sem ao menos aprender a lidar com o próprio corpo. “As meninas fazem sexo e não tem coragem de olhar para o pênis do homem”, protesta.

 

 Realidade Feminina

 

A coordenadora Municipal da Juventude, Karina Fonseca de Andrade, ressalta a importância dos programas e campanhas que abordem sobre os abusos e a violência doméstica. Segundo ela, em muitos casos de violência contra a mulher, o homem vê como natural recorrer à agressão física, enquanto tenta convencê-la de seus pontos de vista, ou de forçá-la a manter relações sexuais.

 

“As mulheres sofrem, sentem-se inferiores, e ainda assim não denunciam nem buscam seus direitos”, relata Karina. Mesmo em meio a tanta violência, muitas mulheres estão aprendendo a impor suas vontades e opiniões. “A construção da auto-estima é o caminho para a mulher reformular sua questão de poder, é um processo de dentro para fora”, finaliza.

 

Texto: Jéssica Schmidt


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