Secretaria Municipal de Saúde

home >

Doenças Crônicas não Transmissíveis

Por décadas e décadas as doenças infecciosas representaram as principais causas de morbidades e mortalidade para a humanidade. Com as transformações econômicas, políticas, sociais e culturais produzidas pelas sociedades humanas ao longo do tempo, modifcaram-se as maneiras como os indivíduos organizam seus modos de viver. Consequentemente, também aconteceram mudanças nos padrões de doenças - a chamada transição epidemiológica - onde as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) vêm se caracterizando como a nova epidemia mundial. Este fato tende a tornar-se ainda mais acentuado no Brasil à medida que a população brasileira aumenta e envelhece.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) defne como doenças crônicas não transmissíveis, as doenças cardiovasculares (cerebrovasculares, isquêmicas), as neoplasias, as doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. A OMS também inclui nesse rol aquelas doenças que contribuem para o sofrimento dos indivíduos, das famílias e da sociedade, tais como as desordens mentais e neurológicas, as doenças bucais, ósseas e articulares, as desordens genéticas e as patologias oculares e auditivas.

É consenso que muitas destas doenças têm algumas causas comuns, dentre as quais, destacam-se o tabagismo, a inadequação alimentar e o sedentarismo. Por se tratarem de questões comportamentais, podem ser influenciadas mais rápida e efetivamente por meio de uma abordagem multidisciplinar, com ênfase na educação em saúde para mudanças nos modos de vida adotados pelos indivíduos. Tal abordagem é de fundamental relevância, uma vez que os custos do tratamento das DCNT constituem um enorme encargo social e econômico. O controle dos fatores condicionantes das DCNT proporciona um envelhecimento mais saudável, com maior qualidade de vida, menos complicações e sequelas, e, consequentemente, menores custos ao sistema de saúde.