Secretaria Municipal de Saúde

17/10/2013 - Saúde
Microchipagem de cães e gatos chega a Canasvieiras
Técnica aplicada em massa na Tapera já possibilitou devolução de animal acidentado

foto/divulgação: Petra Mafalda/PMF

Método de aplicação do microchip é simples e rápido

Nova ação da Diretoria de Bem-Estar Animal (DIBEA), da Secretaria Municipal de Saúde, de microchipagem gratuita de cães e gatos de estimação vai beneficiar Canasvieiras e região. Os proprietários de animais devem levá-los à unidade que será montada ao lado do posto policial da avenida das Nações, próximo ao trevo de Canasvieiras, no período de 29 de outubro a 1º de novembro, das 9 às 12 horas e das 13 às 16 horas.

A técnica utilizada é simples e rápida: o microchip é do tamanho de um grão de arroz cru e é aplicado sob a pele através de uma injeção no dorso do animal, procedimento que demora aproximadamente 15 segundos.

Esta é a segunda vez que a DIBEA realiza serviço do tipo. Uma terceira ação já está prevista para acontecer no Campeche, na última semana do mês de novembro. A primeira mobilização neste sentido, inédita em Florianópolis, foi realizada de 23 a 26 de setembro, contemplando a Tapera e proximidades, dado o alto índice de cães e gatos semidomiciliados - que têm donos, mas ficam soltos pelas ruas.

Graças à iniciativa, no dia 11 de outubro um cão microchipado na Tapera que foi atropelado a cinco quadras da residência e encaminhado à DIBEA para atendimento de saúde teve seu proprietário identificado. Assim, pôde voltar para casa e receber a devida atenção.

“O microchip é de extrema importância para situações adversas”, observou o diretor do Bem-Estar Animal, João Eduardo Cavallazzi, tendo em vista a filosofia da guarda responsável que vem sendo colocada em prática pela atual gestão. “De nada adianta ter uma série de leis que protegem o animal se não se sabe a origem dele”, explicou.
 
Contingente
 
A DIBEA pretende efetuar a microchipagem de até 400 animais em Canasvieiras, tendo em vista não só o volume de cães e gatos semidomiciliados como a proximidade do verão. Nesta estação, costuma haver bastante abandono em decorrência de aluguéis de imóveis e de fugas das residências, devido ao susto provocado pela queima de fogos do Reveillon. 

Na ação subsidiada pela Prefeitura na Tapera, 265 animais domésticos receberam microchip contendo seu prontuário médico-veterinário, bem como os dados de identificação e localização do proprietário. A medida facilita a devolução dos cães e gatos, em caso de perda ou fuga, e ainda evidencia quem são seus responsáveis, diante de situações de abandono, o que é proibido pela lei municipal nº 94/2001.
 
Cumprindo a lei
 
De acordo com João Eduardo, a microchipagem é exigida pela lei complementar municipal nº 383/10, cujo cumprimento está sendo ampliado com as ações em andamento na cidade. Na administração anterior, a DIBEA limitava-se a efetuar a microchipagem nos cães e gatos abandonados que eram encontrados e naqueles que eram retirados de suas casas em razão de maus-tratos.

Até o dia 31 de dezembro deste ano, os proprietários de animais de estimação que comprovarem renda bruta mensal de até três salários mínimos serão contemplados com microchipagem. Já a partir de 1º de janeiro, o serviço beneficiará somente donos de cães e gatos com renda bruta mensal inferior a um salário mínimo e meio.

“Não queremos restringir. Queremos fazer com que o benefício chegue a quem realmente tem necessidade”, justificou o diretor da DIBEA, informando ainda que vai ser dado prazo de um ano para os proprietários de melhor condição social se enquadrarem à lei complementar municipal nº 383/10, sob pena de receberem multas no valor de R$ 30,00, por animal, a partir do ano de 2015.

Para serem beneficiados, os proprietários dos animais devem ser munícipes de Florianópolis, e, em virtude disso, precisam apresentar fotocópia do comprovante de residência e do CPF.

Censo

Tal como aconteceu na Tapera, a comunidade de Canasvieiras será submetida a um censo para traçar o perfil dos donos dos cães e gatos domésticos. A DIBEA quer ter a dimensão, por exemplo, de quantos animais cada família possui, se eles são levados regularmente ao veterinário, se já receberam algum tipo de vacina e se são ou não castrados.

Os cães e gatos que não tiverem sido esterilizados, aliás, entrarão automaticamente numa lista de espera para fazê-lo, se o proprietário assim o desejar. A única exceção diz respeito aos cachorros da raça Pitt Bull, cuja castração é determinada por legislação federal.

“Queremos com o censo saber em que os proprietários estão falhando”, justificou João Eduardo, preocupado em embasar uma ação educativa a ser desenvolvida junto às escolas municipais, em parceria com a Secretaria da Educação e a Guarda Municipal.

Tanto o censo quanto a ação educativa contarão com apoios do Grupo Especial de Defesa dos Direitos dos Animais (GEDDA), do Ministério Público estadual, e do Instituto Ambiental ECOSUL, uma organização sem fins lucrativos que tem por missão promover e difundir a preservação ambiental e o bem-estar animal em Santa Catarina.