Secretaria Municipal de Saúde
A taxa de mortalidade infantil no primeiro ano de vida em Florianópolis caiu 14% nos últimos três anos, em relação ao mesmo período, a partir de 2009, ficando em 7,6 por mil nascidos vivos. O índice é o mais baixo entre as capitais brasileiras e está ainda mais distante da taxa nacional, que é de 14,6. Os melhores países europeus nesse quesito têm taxas em torno de 5 a 6.
A tendência de queda iniciou-se em 2013, quando a Capital atingiu marca histórica: apenas 5,2 por 1.000 nascidos vivos, uma redução de 46% em relação com 2012. Os índices são resultado do fortalecimento, nos últimos anos, da Atenção Primária em Florianópolis, atingindo 100% de cobertura populacional da Estratégia de Saúde da Família e reforçando as ações para a saúde da criança e da gestante.
Capital Criança
Todas as mães são visitadas diariamente nas maternidades de Florianópolis, inclusive na Maternidade do Hospital Regional de São José, pelas agentes educadoras do programa.
O agendamento da consulta neonatal é feito em torno do 5º ao 7º dia de vida; agendamento da consulta com dentista para o 30° dia de vida do recém-nascido e o agendamento da consulta para a mãe em torno do 5º ao 7º dia após o parto, todos marcados para o centro de saúde de sua área de abrangência.
Além destes serviços, as agentes educadoras distribuem, no momento da alta hospitalar, o kit de primeiros cuidados com o recém-nascido, contendo: bolsa do programa, diploma do cidadão de Florianópolis, Caderneta de Saúde da Criança do Programa Capital Criança, material para curativo do coto umbilical (gazes esterilizadas e álcool a 70%), termômetro, creme para assadura, folhetos educativos sobre saúde bucal e cuidados com o bebê.
Nesta visita, as agentes educadoras também orientam sobre o uso dos itens que acompanham a bolsa do Capital Criança, quanto ao agendamento do bebê para triagem auditiva – “Teste da orelhinha”, quanto ao teste do reflexo vermelho – “teste do olhinho” e a realização do teste do pezinho em torno do 3º ao 5º dia de vida nos centros de saúde. Também se realiza a vacinação contra a tuberculose (BCG) e a primeira dose da vacina contra hepatite B, antes da alta do recém-nascido nas maternidades públicas e privadas de Florianópolis.
O Capital Criança ainda coordena o Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal, que funciona desde 2006, é interinstitucional e interdisciplina, trabalhando de forma articulada com as vigilâncias distritais. Todos os óbitos infantis são analisados para que seja identificada a causa básica, as situações que desencadearam o óbito e propor medidas de prevenção e promoção à saúde.
Amamentação
No Brasil, a Pesquisa Nacional de Prevalência em Aleitamento Materno apontou uma prevalência de 41% de crianças menores de 6 meses amamentadas exclusivamente com leite materno. Em Florianópolis, dados desta mesma pesquisa indicam índices de 63,8% em menores de 4 meses e de 52,4% em menores de 6 meses, sendo considerada a segunda capital com a melhor prevalência de aleitamento materno exclusivo.
A Capital catarinense desenvolve ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, um esforço no sentido de aumentar ainda mais as taxas de amamentação, como os hospitais amigos da criança, bancos de leite, Central de Incentivo ao Aleitamento Materno, grupos de gestantes na iniciativa pública e privada e adesão à licença maternidade de 6 meses para as funcionárias municipais.
A Secretaria de Saúde de Florianópolis conta, atualmente, com 35 tutores da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil pelo Ministério da Saúde, que propõe a construção de atividades voltadas à amamentação e alimentação saudável adequadas à realidade de cada local, com a corresponsabilidade de todos para a construção de um fluxo de acolhimento ao usuário e a concretização das metas pactuadas.
As oficinas da estratégia são realizadas nos centros de saúde, que também oferecem Cantinhos da Amamentação - espaços destinados à promoção do aleitamento materno. Além disso, o projeto Creche Amiga da Amamentação, coordenado pelo Capital Criança, em parceria com a Secretaria de Educação, através do Programa Saúde na Escola, foi implantado em 32 unidades de educação infantil.
Gestantes
Cerca de 70% das gestantes atendidas pela rede pública de saúde de Florianópolis realizam média de sete consultas de pré-natal, com captação precoce e realização de todos os exames necessários. As mulheres grávidas também recebem acolhimento e acompanhamento das intercorrências na gestação e prevenção e tratamento das DST/Aids e hepatites.
Além disso, há o acompanhamento da puérpera (que pariu recentemente) e da criança na Atenção Primária, com visita domiciliar na primeira semana após a realização do parto e nascimento. Há, ainda, orientação e oferta de métodos contraceptivos.