Secretaria Municipal de Saúde

30/04/2018 - Saúde
Alerta sobre a síndrome mão-pé-boca e diarreia

foto/divulgação: Divulgação/pmf

Alerta

 

A Vigilância Epidemiológica de Florianópolis informa que, desde o mês de março, têm sido notificados surtos de  síndrome mão-pé-boca e de diarreia em alguns estabelecimentos educacionais. Todos estes surtos foram investigados e estão em acompanhamento pela Vigilância Epidemiológica. Os estabelecimentos de ensino receberam orientações de controle e, até o momento, não houve necessidade de suspensão das aulas ou interdição dos locais.
A Vigilância Epidemiológica pede aos pais das crianças que apresentaram sintomas de doenças infecciosas que mantenham seus filhos em casa durante o período sintomatológico e procurem atendimento de saúde.

 

CUIDADOS:

A síndrome mão-pé-boca é uma condição virótica, altamente contagiosa que se manifesta com lesões em pés, mãos e boca incluindo bochechas e garganta. As lesões podem ocorrer também em joelhos, cotovelos nádegas e região genital. É mais frequente em crianças com menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos.

É causada por um enterovírus, o vírus Coxsackie. A transmissão ocorre através do contato direto ou indireto com fezes de pessoas contaminadas, por meio das gotículas espalhadas por tosse/espirros/saliva no ambiente e/ou objetos de uso compartilhado ou pelo consumo de alimentos contaminados ou mal cozidos. Outra forma de contágio é o contato direto com as bolhas estouradas.

Usualmente o período de incubação, que vai desde a contaminação pelo vírus até o aparecimento dos sintomas, é de 4 a seis 6 e manifesta-se com febre em torno de 38-39°C, embora alguns casos possam ocorrer sem febre. A criança pode apresentar, também, falta de apetite, dor de garganta, dor de cabeça, pequenas úlceras dolorosas dentro da boca, na língua, na parte interna das bochechas e gengivas que duram de 4 a 6 dias, erupção ou vesículas (bolhas) de cor acinzentada com base avermelhada na palma das mãos, dedos e na sola dos pés durante 7 a 10 dias. Essas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar.

Em geral, os sintomas regridem juntamente com a febre, entre 5 e 7 dias, mas as bolhas na boca podem permanecer até por até 4 semanas.

Na maioria das vezes não é preciso realizar exames complementares para diagnosticar a síndrome mão-pé-boca porque o quadro é bem típico.

O tratamento da síndrome mão-pé-boca é eminentemente sintomático e deve incluir todas as medidas utilizadas no tratamento de outras viroses: repouso, alimentação leve, ingestão aumentada de líquidos e medicamentos sintomáticos, como antitérmicos, anti-inflamatórios, anti-histamínicos, entre outros caso seja necessário. O quadro clínico é autolimitado e melhora espontaneamente com as defesas do organismo.

Caso a criança frequente ambiente escolar é recomendado que a mesma seja afastada das atividades escolares durante o período sintomatológico, além disto, deve-se evitar lugares de aglomeração infantil.

 

PREVENÇÃO E ORIENTAÇÕES

Medidas gerais:

1. Prestar atenção à higiene pessoal: lavar as mãos antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objetos sujos;

2. Cobrir a boca e o nariz sempre quando espirrar ou tossir, adaptando medidas de precaução no manuseio das secreções da boca e do nariz;

3. Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados;

4. Em caso de aparecimento de sintomas procurar avaliação médica.

 

Medidas para as instituições educativas:

 

1. Medidas de limpeza e desinfecção - Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados, utilizando frequentemente a água sanitária diluída na proporção de 1ml de água sanitária para cada 100ml de água, para limpar as paredes, interruptores, maçanetas, mesas, cadeiras, brinquedos, entre outros;

2. Brinquedos cujo material seja de difícil higienização (ex. bichos de pelúcia e objetos semelhantes) devem ser retirados da sala durante o período de ocorrência do surto;

3. Proceder ao exame diário, de manhã, e prestar frequentemente atenção aos funcionários e alunos, especialmente aqueles com sintomas de febre e lesões de pele;

4. Alunos e funcionários que apresentarem sintomas deverão ser afastados até o término do quadro viral;

5. Em situações cujo número de casos seja igual ou superior a 03 na mesma instituição, os mesmos deverão ser notificados à Vigilância Epidemiológica com a relação dos doentes (nome do doente, se é aluno, professor ou outro funcionário), idade e turma;

A notificação dos casos de surtos é obrigatória e imediata​, e deve ser feita a Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, através dos seguintes contatos:

Dias úteis das 7h às 19h:

32123907 --- 3212-3918 --- 3212-3910