Secretaria Municipal de Saúde
Em 60 dias, todos os serviços de saúde brasileiros (como hospitais, clínicas e consultórios) devem ter preparação alcoólica para a fricção antisséptica das mãos dos profissionais de saúde que lidam com pacientes, com a finalidade de promover o controle da Infecção Hospitalar provocada pela bactéria multirresistente KPC.
Todos os pontos de assistência ao paciente, como, por exemplo, as UTI’s, salas de triagem, ambulatórios, serviços de atendimento móvel e unidades de urgência e emergência, deverão ter a preparação à disposição dos profissionais, em local visível e de fácil acesso. O produto deverá estar à beira dos leitos dos pacientes, para evitar que o profissional precise sair do local para higienizar as mãos.
A medida consta da Resolução RDC 42/10, publicada pela ANVISA no dia 26/10/10.
LÍQUIDO OU GEL?
Nas preparações alcoólicas em forma líquida, a concentração de álcool na fórmula poderá variar de 60% a 80%. Já nas formas gel, espuma e outras, a concentração mínima do álcool deve ser de 70%, com atividade bacteriana comprovada por testes de laboratório específicos. Nas duas formas de apresentação, recomenda-se o uso de emolientes na fórmula, para evitar o ressecamento da pele.
No entanto, segundo a resolução, o uso de preparação alcoólica não é indicado quando as mãos tiverem sujidade visível. Nesse caso, é preciso fazer a higienização com água e sabonete antes de se utilizar o produto.
Os produtos industriais adquiridos no comércio devem ser registrados na Anvisa. Já os manipulados em farmácias devem seguir as exigências da Resolução RDC nº. 67/07, que dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais.
Fortalecendo o combate à bactéria KPC, a ANVISA emitiu a RDC 44/2010, exigindo a retenção da receita médica que tenha prescrição de antimicrobianos (ANTIBIÓTICOS). A utilização indiscriminada de antibióticos possibilita que microogranismos como a batéria KPC se tornem resistentes aos medicamentos e passem a provocar agravos à saúde de pacientes com baixa imunidade, explica o diretor da Vigilância em Saúde, Anselmo Granzotto.
Florianópolis, 05 de novembro de 2010.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE