Secretaria Municipal de Saúde

11/05/2011 - Saúde
Lançada a Década de Prevenção aos Acidentes de Trânsito
Evento da ONU deve se repetir em diversas cidades do planeta

foto/divulgação:

 

O crescente número de vitimas fatais, ou com seqüelas irreversíveis, por acidentes de trânsito fez com que a ONU indicasse esta como a década dedicada às ações de prevenção nesta área. Em diversas cidades do planeta o mês de abriu marca o lançamento de um plano decenal visando mudar este quadro.

 

Em Florianópolis o evento, que aconteceu na sede da Secretaria Municipal da Saúde, contou com a presença do prefeito Dário Berger, do secretário adjunto da pasta, Clécio Espezim e de representantes de diversos órgãos ligados à questão. “Assim como os governantes das três esferas de poder e as entidades da sociedade civil, este é um tema que cada cidadão deve assumir como sua responsabilidade”, acredita o prefeito.

 

  De acordo com um estudo realizado em 2010, a maioria dos acidentes acontecem próximo ao domicilio das vitimas, durante o dia e com tempo bom. “Isto desmistifica a idéia de que fatores como as condições de visibilidade ou de desconhecimento da via sejam as principais causas”, destaca o médico Daniel Moutinho, autor da pesquisa. Além disso, em 70 por cento dos casos o fato aconteceu em trecho reto e em 48 por cento o condutor tinha mais de 15 anos de experiência ao volante.

 

 Em Florianópolis

 

A chance de uma pessoa morrer em conseqüência de acidente de trânsito em Florianópolis é 426 por cento maior que na cidade do Rio de Janeiro. O dado faz parte de um estudo realizado pela Secretária da Saúde da capital e coordenada pelo médico Daniel Moutinho Júnior, diretor de Atenção Primária do órgão. Segundo ele, apenas levando em conta o ano de 2008, o município registrou naquele período mais de 1.700 acidentes que levaram a óbito ou invalidez permanente um total de 409 pessoas. 

 

Ainda na capital catarinense as pesquisas indicam que entre os anos de 1998 e 2008 a categoria que apresentou maior aumento na mortalidade foi a de motociclistas. A informação foi apresentada durante o evento desta quarta-feira pela assistente social da SMS, Kátia Rabelo. Ainda segundo o estudo, a maioria das vitimas é do sexo masculino na faixa etária dos 20 aos 39 anos.

 

  O custo

 

 Entre os custos totais de um acidente de trânsito, apenas 16% estão vinculados a assistência médico-hospitalar. O principal custo, representando cerca de 45% é na perda de produção do indivíduo. Obviamente não é possível computar a maior taxa de perda que é a sentimental, e a dor dos familiares. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada calculou em 2009, que o custo total de um óbito no trânsito no Brasil é de R$ 337.000 reais (contabilizando os custos diretos e potenciais futuros).

 

 

Ainda segundo o IPEA a perda  de produção futura e os custos diretos e indiretos pelos acidentes de trânsito (considerando o PIB per/capita). Santa Catarina em 2007 superou os R$ 2 bilhões. Já no Brasil este valor foi de R$ 32 bilhões, o que representa mais de 3 vezes o orçamento anual do Ministério da Saúde na Atenção Primária.

 


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