Secretaria Municipal de Saúde

02/05/2012 - Saúde
Conheça um pouco mais do Programa Capital Criança
Florianópolis é destaque nacional nesta área

foto/divulgação:

O Brasil está comemorando o resultado de uma pesquisa que mostra que na última década houve uma redução na ordem de 47 por cento na taxa de mortalidade infantil. Em 2010 este indicador era de 19,88/1.000 nascidos vivos, o que demonstra que a política adotada na área da Saúde pelo governo federal está no caminho certo. A capital de Santa Catarina vem conseguindo manter nos últimos anos este mesmo índice na casa de um digito, estando hoje em 8,8/1.000 nascidos vivos , comparável ao das regiões mais desenvolvidas do planeta.

 

 

Para saber um pouco mais ouvimos a Gerente de Programas Estratégicos da Secretaria da Saúde de Florianópolis, Márcia Del Castanhel, e a coordenadora do Capital Criança, Vanessa Zacchi. Confira a seguir.

 

 

 

1-       Florianópolis vem conseguindo manter a mortalidade infantil na casa de um dígito nos últimos anos, a que vocês atribuem este fato?

 

Às ações do Programa Capital Criança, com enfoque na vinculação dos recém-nascidos com a Atenção Primária, através do agendamento da consulta neonatal precoce entre o 5° e o ° dia de vida e a garantia de um calendário mínimo de consultas de puericultura com a Equipe de Saúde da Família.

Ao incremento no número de Equipes de Saúde da Família no município e à qualidade do atendimento pré-natal, com a garantia às gestantes de no mínimo 6 consultas durante a gestação.

Ainda, ao incremento do Programa de Imunização incluindo vacinas que previnem pneumonias e meningites bacterianas, bem como a implantação de medidas para melhorias no saneamento básico, aumentando o acesso da população à água tratada e esgoto, contribuindo para a diminuição das doenças infecto-parasitárias.

 

 

2-    Qual o índice atual?

 

A taxa de mortalidade infantil do ano de 2012 até o momento é de 8,8/1000 nascidos vivos.

 

 

3 -   Quais ações são desenvolvidas hoje pelo Programa Capital Criança?

 

 

  •  Visita das Agentes Educadoras nas maternidades, com a entrega de um kit de primeiros cuidados com o recém-nascido no momento da alta hospitalar, contendo: diploma de cidadão de Florianópolis, caderneta de saúde da criança do município de Florianópolis, material para curativo do coto umbilical, termômetro, creme para assadura, sabão de glicerina, folhetos educativos sobre saúde bucal e cuidados com o bebê;

 

  •  Agendamento de consulta neonatal precoce, entre o quinto (5o) e o sétimo (7o) dia de vida, com dia e hora marcados para o médico de família da Unidade Local de Saúde de sua área de abrangência;

 

  •  Agendamento de consulta, conforme calendário do Protocolo de Atenção à Criança, para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, com dia e hora marcados, para crianças de zero a dez anos de idade;

 

  • Monitoramento dos recém-nascidos em situação de risco, a partir da seleção do risco ao nascer, baseado nos critérios definidos pelo Ministério da Saúde;

 

  •  Segurança nutricional: Programa de Fórmulas Especiais (para crianças até 02 anos) e pelo Programa Hora de Comer (para crianças de 06 meses até 06 anos de idade em desnutrição grave);

 

  • Marcação de consulta e tratamento odontológico, a partir do trigésimo dia de vida até dez anos de idade;

 

  •  Vacinação contra a tuberculose (BCG) e a primeira dose da vacina contra Hepatite B nas primeiras 12 horas de vida dos recém – nascidos nas Maternidades públicas e privadas de Florianópolis;

 

  •  Implantação do Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal de Florianópolis, com a investigação e análise de 100% dos óbitos maternos, infantis e fetais de residentes do município, avaliação da evitabilidade e proposição de intervenções em discussões multi-institucionais;

 

  •  Desenvolvimento da Política Nacional de Aleitamento Materno (AM) - Rede Amamenta Brasil, uma estratégia de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno na Atenção Primária a Saúde, na qual são formados Tutores para atuarem na difusão de informações sobre a importância do AM junto aos profissionais dos Centros de Saúde. Atualmente estão sensibilizados através de oficinas 33 Centros de Saúde e capacitados 32 Tutores da Rede Amamenta Brasil, envolvendo 759 profissionais de saúde, além da criação “dos cantinhos da amamentação” nas Unidades Básicas de Saúde;

 

  • Implantação do Projeto Creche Amiga da Amamentação, contando com a parceria do Programa Saúde na Escola, Secretaria Municipal de Educação e tutoras da Rede Amamenta Brasil. Atualmente temos 13 Unidades de Educação Infantil que fazem parte deste Projeto, que contempla um espaço para que as mães amamentem seus filhos nestas Unidades Escolares ou deixem armazenado o leite materno para que seja oferecido aos seus filhos no período em que lá permanecerem.