Secretaria Municipal de Saúde
A Prefeitura de Florianópolis oferece aos pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPs, além do tratamento médico e atendimento psicológico, oficinas de inclusão social. São oficinas de argila, música, pintura e bordado, entre outras. Uma das oficinas é a Colmeia Crochê, que ocorre todas as quintas-feiras, no CAPs Pantanal.
Felipe dos Santos é um dos 40 integrantes da oficina. Ele conta que encontrou no crochê e na construção de mandalas, a motivação necessária para controlar o vício nas drogas. “Minha vida mudou, hoje eu me sinto acolhido no grupo e tenho uma ocupação que aprendi através do artesanato, aqui no CAPs”. E, diz ainda, que o artesanato possibilitou ganhar dinheiro e mais estabilidade emocional.
A idealizadora da oficina e enfermeira, Sonia Polidoro explica que o projeto busca promover a autonomia, acolhimento e motivação às pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. “Eles se sentem confiantes aqui, porque conseguem sair da situação de dependência e vivenciar outra realidade. Começamos em 2017 com poucas pessoas e hoje o grupo é autossustentável”, relata.
As peças confeccionadas são comercializadas e o valor arrecadado serve para comprar materiais como linha e agulhas, além de proporcionar momentos de lazer ao grupo. “O dinheiro que sobra é usado para irmos ao cinema ou a outras atividades culturais. Muitos deles nunca tiveram a oportunidade de assistir a um filme na tela grande”, conta Sonia.
O principal produto da oficina é o disco reutilizável de algodão para remoção de maquiagem, mas também são feitos cachepô para plantas, roupas como cropped e blusas, além das mandalas. “Iniciativas como esta são primordiais para reintegrar essas pessoas na sociedade, pois possibilitam a elas uma ocupação e o sentimento de pertencimento”, ressalta o secretário municipal da saúde, Carlos Alberto Justo da Silva.