FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente
Água é um tesouro para o meio ambiente
“Os assaltos por um latão de água são comuns nas ruas desertas em 2070” (Fundação Planeta Terra – www.plantaterra.org.br).
Em meados de 1726, a capital de Santa Catarina era fundada com o nome inicial de Nossa Senhora do Desterro. Hoje, Florianópolis está para comemorar mais um “23 de Março” de sua fundação histórica. Um dia antes, “22 de Março” comemora-se o “Dia Mundial da Água”, nosso bem MAIOR – uma questão pontual nada otimista.
O Planeta Terra tem 510,3 milhões de km2 (70,7% é água). O volume de água no Planeta alcança 1,4 bi de quilômetros cúbicos (97,5% é água salgada). Apenas uma pequena fração (2,5%) de água doce está em terra (em forma de gelo, neve e abaixo da superfície - água subterrânea). Dessa pequena fração (cerca de 1%) está diretamente disponível ao homem (em forma de lagos, rios, umidade presente no solo – atmosfera – componente dos mais diversos organismos).
O Brasil tem 13,7% de toda água doce do Planeta (80% na Bacia Amazônica). Segundo relatórios de instituições mundiais, a notada escassez de água potável alcança 20% da população mundial e vem aumentando, lamentavelmente, sendo da ordem de 6,5 bilhões de humanos e crescendo. Há que se distinguir.
O abastecimento de água que ontem era um problema para classe baixa, hoje é também da classe média e alta. Isto deve-se, naturalmente, as mudanças climáticas provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos (antropica) – que de previsão passaram a ser uma realidade aterradora, haja vista as agressões feitas ao arrepio da lei e do bom senso: perfurações inadequadas no subsolo, perda de áreas úmidas, má gestão dos recursos hídricos, dizimação das matas, canalização dos cursos d’água, calcinação do solo com queimadas, emissão de CO2, utilização dos oceanos/rios/lagoas como esgotos e depósito de lixo, ocupação irregular do solo [...].
No seu estilo, lúgubre ciência que prevê para 2070 assaltos por latão de água, uma vez que se tornará um bem mais valoroso do que ouro e diamantes.
Pela razão e com energia, tem-se que reagir urgentemente, pois, o futuro do Meio Ambiente - da fauna, flora e da espécie humana estão comprometidos.
Vincular parte dos orçamentos nacionais ao setor hídrico, proteger os mananciais com intensa fiscalização e consumo consciente são algumas das saídas possíveis.
Todos na tarefa de preservação desse bem indispensável à vida.
Marco Aurélio Abreu
Diretor de Gestão Ambiental
Eng. Civil e Mestre em Administração