FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente
Florianópolis no futuro (*)
Genebra (Suíça) anda sobre trilhos, apesar dos ônibus. Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, dentre outros, também, segundo o Professor Dr. Alcides Abreu.
Florianópolis (SC) para resolver o controverso sistema de trânsito, poderia utilizar-se do metrô de superfície e levar a população mais contente ao seu destino – tanto na Ilha, como no Continente.
Aliás, a realidade de Florianópolis é bastante peculiar e séria, pois, ao lado das comunidades ricas, há 48 comunidades empobrecidas, totalizando 55 mil pessoas, aproximadamente, as quais incluem-se os migrantes que precisam de atendimento emergencial (necessidades básicas a serem atendidas).
Ainda tenho na memória, que logo no início do governo Dário Elias Berger (18/05/05), ventilou-se a realização de um estudo com intuito de pôr Florianópolis no futuro – os técnicos assessorando os políticos com anuência dos poderes constituídos, naturalmente (Judiciário; Legislativo; Executivo; Ministério Público e Tribunal de Contas).
Quem conhece sabe que o “negócio ferroviário” (projeto de engenharia, viabilidade, avaliação econômico-financeira, investimento, meio ambiente...) para a capital, provocará uma verdadeira revolução no transporte (mobilidade - otimização do funcionamento).
O momento contemporâneo é de cautela, tanto para o governo (na questão do orçamento) quanto para os usuários dos serviços que hoje existem (na questão da exigência por direitos e deveres - pagam impostos e votam).
O sistema ferroviário na atualidade oferece muito pouco ao Estado de Santa Catarina, uma vez que sua movimentação restringe-se a “Cargas” no sentido Norte-Sul e as exportações que se utilizam o Porto de São Francisco do Sul (poucos quilômetros de trilhos).
Neste instante é de se perguntar:
Por que não pensar num sistema “intermodal”, a partir da implantação de novos segmentos ferroviários?
Particularizando, é sabido que Florianópolis tem condicionantes geofísicas e ambientais (impactos sobre os meios físico, biológico e antrópico), todavia, a ferrovia aqui pensada (Ilha-Continente) apresenta uma alternativa em relação ao uso da rodovia para o século XXI, com amplas possibilidades de viabilidade financeira do empreendimento, num sistema de parceria entre Governo, Iniciativa Privada e Instituições de Crédito ou Fomento, uma vez que as taxas de descontos adotadas pelos organismos internacionais são suportáveis, ficando abaixo de 10%, o que por si só tornaria viável em Florianópolis.
O sistema sobre trilhos é um modal de transporte interessante, na medida em que leva nossa população ao trabalho, filantropia e praia.
Todos imaginando - se vendo andando na Ilha e no Continente sobre trilhos.
Marco Aurélio Abreu
Diretor de Gestão Ambiental
Eng. Civil e Mestre em Administração