FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente

23/02/2011 - Meio Ambiente
Mudanças no ambiente
Entre tantas razões, há uma que não se pode ignorar: a mudança do “penteado” de uma cidade.

Mudanças nas cidades

 

Tudo no mundo muda veloz e constantemente.

Nós seres humanos racionais, temos hábitos, crenças, valores, preconceitos [...] soluções planetárias para as variadas situações com as quais nos defrontamos.

Como nada é estático, aceita-se graus de mudanças.

Descobrir quais os pontos que hoje nos atrapalham para projetá-los é o desafio e a nossa tarefa.

Neste instante, desenterra-se um documento de cunho científico, de autoria do Professor Dr. Alcides Abreu, “Grande Florianópolis 1994-2005 – Soluções”, que é pertinente e desejoso para o momento contemporâneo, se não vejamos:

 

“Para além da tópica e para integrar a mesorregião da Grande Florianópolis nas redes internacionais de comércio, de transferência de tecnologia e de capitais, e por esta via, alcançar o pleno emprego, a máxima produção, o máximo poder aquisitivo e a máxima felicidade das pessoas”.

 

Como se verifica, esboçou um projeto de emparelhamento aos paradigmas dominantes e para o desenvolvimento humano sustentável (meio ambiente) pelo caminho da industrialização dos serviços - MUDANÇA.

 

Dos pontos que levantou, chama-se atenção para o destaque de nº 1:

 

“Um aeroporto, 10 anos; 3.555.246 passageiros; US$ 55,06 milhões de taxa de embarque; 3º em vôos internacionais e 1º em Chaters [...]”.

 

O objetivo agora de nossa reflexão serve, também, para análise e avaliação dos governos instalados – inspiração para o desenvolvimento de suas plataformas.

Vejam: a missão de um governo reflete a sua razão de ser, a sua função econômica e social, além, é claro, de seus compromissos pactuados durante a eleição.

A sociedade está sempre exigindo mudanças, e quem deseja ser governo tem que entender isso e se adaptar aos novos tempos.

Ora! Se tomarmos, por exemplo, o Aeroporto Hercílio Luz, verifica-se que ele é como os demais, um centro de negócios e lucros da empresa que o explora e um monopólio da União.

Entre as receitas do aeroporto ressalta a taxa de embarque, recolhida por passageiros nacionais e internacionais. Além desta, o aeroporto gera outras receitas: pouso e decolagem das aeronaves, aluguel de espaço para companhias aéreas, restaurantes e tudo o mais.

 

Com a internacionalização do Hercílio Luz, sobressaem dois fatos:

a)    o Brasil não pode prosseguir centralizado;

b)    a União não pode deter os monopólios.

 

Agora, não é concebível que a área do Aeroporto Hercílio Luz esteja fora, por exemplo, da legislação da Câmara Municipal?

Efetivamente, a Federação é sinergia e condomínio, e assim tem que ser praticada. 

Mudar o “penteado” de uma cidade não é fácil, ainda mais com um meio ambiente onde 42% são de área de Preservação Permanente (APP’s), todavia, é possível sem “peitaço”.

Penteia [...] penteia [...] alcaide e gente de Florianópolis.

 

 

 

Marco Aurélio Abreu

Diretor de Gestão Ambiental

Eng. Civil e Mestre em Administração