FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente

16/03/2011 - Meio Ambiente
Petróleo por casa com árvores
A falta de moradia sem impermeabilização do solo, dificultando a arborização, já é uma realidade e um desafio dos governos.

A sina brasileira é o crescimento: assim foi ao longo dos 100 anos (entre 1870 e 1970).

O Brasil foi o mais que mais cresceu entre os anos Cinqüenta e os Oitenta (taxa média geométrica anual de 7,4%).

Crescer 7% ao ano duplica o Produto Interno Bruto (PIB) em 10 anos e quadruplica em 20.

PIB que não se cria é pobreza que se amplia.

Ora! A tese que se advoga de interesse público, pretende dar um empurrão na economia nacional a partir de Santa Catarina.

A proposta Santa Catarina 2020 é de uma população de 7,4 milhões de habitantes, onde 580 mil é o número de habitações necessárias para atender o incremento demográfico.

Pela via “Social-Habitação” quer-se transformar em fato os cenários de futuro – quatro deles (Abatiapé, Baboré, Caaetê e Diadorim) da Secretaria de Estudos Estratégicos da Presidência da República, e o quinto (Brasil: para um Projeto de Consenso 2021) da Academia e Política.

Vejam! O futuro pode ser construído a partir de um parágrafo de Lei que se faz fato:

PETRÓLEO QUE VIRA CASA COM UMA ÁRVORE PLANTA NO TERRENO, PELO MENOS.

De Galileu da história tem-se “Mente Concipio” – pela mente concebo, pela experiência demonstro e faço.

Nesse tempo, vários exercícios alargam os resultados:

 

1) de política – a refundação da federação;

2) de economia – o retorno ao domínio dos Estados Criadores da Federação dos recursos naturais (Petróleo, por exemplo);

3) de desenvolvimento – a criação de um Fundo de Financiamento de Habitações de interesse social com recursos provindos do petróleo de Santa Catarina; e

4) de inovação – no Brasil, o Presidente da República pede aos Estados recursos para o orçamento Nacional e não dá aos Estados o que nos Estados se arrecada.

 

Efetivamente, é preciso sair da estagnação para a prosperidade catarinense.

O petróleo por ser uma riqueza natural e estar sendo explorado no mar catarinense com os campos (Caravela, Coral, Estrela do Mar, Tubarão...), pode estar a serviço da produção de habitações, por que não?

Para tanto, é preciso que a representação catarinense no Congresso nacional obtenha legislação que faça patrimônio dos cidadãos brasileiros (e não do estado brasileiro) os recursos naturais – como era na primeira Constituição de 24/02/1891, artigo 64.

Isto feito, a Assembléia Legislativa no sentido de atribuir aos resultados financeiros da exploração do petróleo um significado altamente social e repartitivo, pode criar um Fundo de Financiamento de Habitações de interesse social lastreado nessa riqueza natural pertencente ao Povo e não ao Estado.

A falta de moradia sem impermeabilização do solo, dificultando a arborização, já é uma realidade e um desafio dos governos.

A pessoa humana – senhor do Município – que tem a felicidade como direito tanto na contingência quanto na transcendência e que trabalha, no campo ou na cidade, precisa morar bem para que a sua produtividade amplie as oportunidades de comercialização, interna e internacional.

O petróleo virando casa com uma árvore plantada no terreno, pelo menos, é uma estratégia de construção de futuro.

Todos à reflexão.

 

 

 

Marco Aurélio Abreu

Diretor de Gestão Ambiental

Eng. Civil e Mestre em Administração