FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente

16/11/2011 - Meio Ambiente
Feita vistoria conjunta em casas atingidas pela ressaca no Campeche
A erosão da areia está prejudicando moradores e frequentadores da praia

foto/divulgação:

Restos de construção aparentes na areia

Nesta tarde realizou-se vistoria conjunta entre os órgãos FLORAM, SMDU (Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano), SPU (Secretaria do Patrimônio da União) e Defesa Civil, de casas atingidas pelas dunas no Campeche. O motivo da realização desta vistoria foi para identificação das edificações que estão em situação R4, ou seja, que poderão ser atingidas com mais uma ressaca, conforme a Defesa Civil.

 

“O processo que está causando este problema ainda não foi sanado totalmente”, informa Marcelo Sato, Geólogo voluntário da Defesa Civil. Segundo o Geólogo, o que pode estar causando é a mudança da deriva litorânea. As correntes marítimas possuem vários sentidos, quando a praia está saudável, a corrente puxa a areia para o mar; quando inverte, ela empurra e volta. No caso do Campeche, está acontecendo um processo de erosão nos sedimentos arenosos, em que a ressaca atinge as construções que estão na faixa de areia. Algumas já foram atingidas, e o pior, os materiais de construção e entulhos estão na areia, prejudicando a praia e os moradores. Durante a extensão, somente em alguns locais podem-se ver os pedaços de tijolos, vigas e até ferro. Muitos destes pedaços foram encobertos pela areia, gerando risco maior aos frequentadores da praia que não podem visualizar onde pisam. Alguns moradores com maior poder aquisitivo fazem muros contenção, e reconstroem o que foi destruído, mas que não dura por muito tempo, já que a área é suscetível a esta ocorrência.

 

“A inspeção dos órgãos foi in loco para realização de ação executiva, em atendendimento aos pedidos do Ministério Público. Cada órgão está contribuindo com sua parte, inclusive a FLORAM para solucionar este problema”, afirma Gerson Basso, Superintendente da Fundação.

 

“Esta é a realidade da Praia do Campeche. Algumas edificações que se encontram em situação R4, não aguentam mais uma ressaca”, comenta Luis Eduardo Machado da Defesa Civil.


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