FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente
O Depea (Departamento de Educação Ambiental) recebeu na semana passada denúncia sobre a morte de corujas. A denunciante relatou que foram mortas mais de 30 corujas em um terreno utilizado como estacionamento, na Avenida dos Búzios em Jurerê Internacional.
No dia seguinte, a equipe do Depea esteve no local para averiguar a denúncia das corujas buraqueiras (A. cunicularia). A denunciante relatou que os moradores retiraram as escoras que foram colocadas dentro dos buracos para fechá-los e que isto vem acontecendo cerca de um mês.
A equipe de Depea recomendou ao responsável de um clube em Jurerê, que utiliza o terreno como estacionamento, que ajudasse na disseminação da ideia de preservação dos ninhos das corujas.
"Orientamos para que, dentro das suas possibilidades, os clientes do clube não estacionem no terreno em questão" relata a Educadora Ambiental, Silvane Dalpiaz. A equipe de Depea conversou também com a vigilância local e pediu para ela avisar a Floram sobre alterações em relação ao habitat das corujas.
A área onde as corujas se encontram pertencem a uma construtora. Os donos do terreno orientado a monitorar os ninhos até que se iniciem as obras. "Caso o empreendimento seja liberado, a orientação é que os ninhos sejam monitorados e a realocação da população de corujas para outra área de restinga" explica Silvane.
- A Coruja Buraqueira
Com o nome científico A. cunicularia (“pequeno mineiro”) recebe esse nome, pois vive em buracos cavados no solo. Promove o equilíbrio ambiental, através da predação de outros animais. Ela inclusive, ocupa ambientes antrópicos, como cidades e pistas de aeroporto. É facilmente encontrada em frente ao ninho ou pousados sobre postes e montes de terra próximo ao seu abrigo. Embora tenha um campo de visão limitado, tem a capacidade de girar a cabeça até 270º.